
Quem tem filhos e não conhece esta
terminologia - ainda -?
O ninho fica vazio quando os filhos se casam ou criam sua independência e vão morar sozinhos.
Para falar a verdade descobri este termo a pouquíssimo tempo.
Vamos descobrindo as coisas de acordo com nossa vivência...
Eu tenho dois filhos e outro dia li um blog de uma mãe que está depressiva porque suas filhas finalmente cortaram o cordão umbilical mais radicalmente e saíram de casa...
Imagino que esta realidade
afete sim a cabeça e a estrutura das mães, mas isto é devido ao fato de elas durante uma vida inteira não se verem tanto quanto procuram enxergar os filhos...
Vivem por eles em vez de viver para eles...
A minha preocupação sempre foi o inverso, vejo filhos que criam uma dependência tão grande da mãe que não se casam, ou não se emancipam, simplesmente porque tem tudo ao lado da mãe.
Esta convivência acaba sendo nociva se
for baseada em uma pura acomodação. E tem muitas mães que amam isto, por poderem assim manipular os filhos eternamente.
Bem... mães a parte, os meus passarinhos já estão bem
crescidinhos...
Minha filha de uns tempos
prá cá só fala em casar, tenho que preparar meu espírito, meu corpo, enfim, todo o meu ser para cortar da melhor maneira este vínculo sem fazer doer...
Vou tentar de todos os meios fazer com que doa o mínimo possível.
Eu tenho uma lista de planos para serem realizados quando meu ninho estiver vazio, ou neste caso, metade vazio... meu filho mais velho é o extremo oposto, muito mais tranquilo, não pensa em se casar tão cedo, mas eu vou trabalhando a mente dele para que ele evolua e tenha uma emancipação, ele é mais imaturo que ela, mas um dia chega lá.
Pretendo não ficar depressiva por conta de uma solidão destas.
No blog que li, a mãe tinha três filhas e depois que a última se casou ela ficou depressiva.
Foi morar perto de uma delas, mas é notório que esta mãe não tem vida própria.
Passa o maior tempo possível na casa da filha, participa tanto da vida desta filha que não tem vida própria, o que
exemplifica que nunca teve, ou que está tendo uma dificuldade imensa em se aceitar nesta condição.
Bem... eu pretendo já paralelamente ao casamento da minha filha ir retomando algumas coisas que acabei tendo que abrir mão para priorizar eles... que fazem cursos e mais cursos.
Ela agora já está na fase dos concursos e do jeito que ela é
danadinha acredito que consiga uma
ótima colocação e que me dê ainda mais tranquilidade em relação a situação financeira dela, que me preocupa muito mais do que o casamento em si.
O que eu queria com esta
postagem é dizer as mães que todas as mudanças profundas causam um impacto interior grande.
Mas nada no mundo depende do que nos acontece e sim de como enxergamos e sentimos o que nos acontece.
Este ninho vazio é normal e inevitável.
Ao invés de acordar de manha já depressiva, acordem olhem o sol e pensem no que podem fazer de mais
efetivo para transformarem seu dia e sua vida em algo extremamente positivo.
Não fiquem se lamuriando pelos filhos que partiram, eles finalmente cresceram e aprenderam a voar e se você chegou nesta fase soube criá-los para isto.
Então se priorize e faça assim a sua vida e a dos seus filhos mais feliz.
Eu tenho uma lista imensa de
projetos para por em prática já quando a minha passarinha voar mais alto...
heheVoltar a fazer dança cigana, entrar para o curso de russo e já engajar a viagem para Ucrânia que eu tanto sonho em fazer, viajar muito e sempre, nem que seja só nos fins de semana...enfim, mil coisinhas que eu posso e devo realizar.
Mas admito que eu tenho uma facilidade em estar só...
Desde criança sempre gostei demais da minha companhia, eu brincava sozinha sem que isto comprometesse minha brincadeira, ao contrário, me perdia horas costurando e
crochetando para minhas bonecas e sempre adorava estar
entretida com as coisas que eu realmente gostava.
Aprendi a costurar muito cedo e já fazia minhas roupas.
Eu ia para os
shoppings, copiava as roupas das
vitrines minuciosamente, desenhando, e fazia iguais.
Procurava tecidos e aviamentos para que pudesse dar uma vida especial as roupas, e uma vez, quando eu tinha 17 anos, fui parada no
shopping por uma turista estrangeira que me perguntou em um inglês que eu pude entender aonde eu tinha comprado a minha roupa!
rsEu toda orgulhosa disse que eu mesma fiz! Dei o telefone para ela que não chegou a ligar de volta, mas eu sempre tive meus
hobbies, adoro tudo que me faz criar... isto ocupa minha mente de modo que eu viajo no que estou fazendo e não raras vezes esqueço de tudo o mais quando estou fazendo algo que realmente gosto.
Adolescente eu gostava mais de sair sozinha que em grupos. Eu gostava muito de ir a
shows e teatros, e fazer meu próprio programa era mais
prazeroso por eu poder escolher o lugar que eu realmente gostaria de ir.
Tá certo eu admito, muitos dizem que isto é uma maneira egocêntrica de viver, olhando só para si...eu discordo. Eu olho à volta também, mas procuro me olhar sem que o mundo possa me
afetar neste olhar. Se eu gosto de ir ao teatro por exemplo e meus amigos não gostam, eu não vou deixar de ir ao teatro por isto. Eu vou e pronto... eu me amo e não vejo nisto
egocentrismo.
Se priorizar é saudável, acho melhor que se esquecer.
Por isto, eu vejo prazer nas pequenas coisas da vida, em viajar e apreciar cada lugar lindo que tem neste nosso
mundão, em fazer minhas
atividades manuais, em ver meus filmes e séries favoritas, em fotografar, em ler meus livros especiais, enfim em coisas que não se precisa de duas pessoas para fazer.
Assim acho que uma mãe que vive e tem sua mente focada para estar
prazeirosamente feliz mesmo não estando com o ninho cheio, vai poder desfrutar mais da vida e até dos filhos, porque os momentos em que estiverem juntos vai ser com certeza mais
enriquecedor!
A minha mensagem para as mães de ninho vazio: ao acordarem se olhem profundamente no espelho e digam para si mesmas que já fizeram o que tinham que fazer pelos filhos. Perguntem-se agora o que podem fazer de melhor para si mesmas!
Vivam intensamente!